Existem várias definições e abordagens para compreendermos o papel de um líder em uma Organização. Aqui vamos no ater ao profissional que é capaz de levar sua equipe a um desempenho com resultados que não seriam possíveis sem a sua intervenção.

Atuando em diferentes organizações, como consultores, percebemos a importância do aprendizado pelo exemplo e pela coerência entre o discurso e a prática. Nas empresas, quem tem esse papel de guiar e ensinar é o líder, ainda mais nos dias de hoje, em que observamos a chegada de profissionais recémsaídos das universidades com gaps bastante significativos sobre comportamentos chaves para seu aculturamento, aprendizado de processos e ganho de performance.

Por trás de organizações bem sucedidas, existem equipes de destaque e, por trás disso tudo, existem boas lideranças. Mesmo diante dessa premissa básica, ainda nos deparamos com alguns números surpreendentes.

Tendo como referência a pesquisa feita pela Hay Group com a Universidade de Harvard (2016), percebeu-se que, entre 95 mil líderes de 49 países, cerca de 50% criam climas desmotivadores contra 19% que promovem locais de trabalho de alto desempenho.

No Brasil, onde foram entrevistados mais de 3 mil gestores, 63% criam ambientes desmotivadores contra 12% que promovem espaços que motivam os colaboradores.

E o que fazem os 12% dos líderes para exercer um impacto positivo sobre suas equipes?

• Comunicam de forma clara o que é esperado;
• Identificam o nível de maturidade dos seus colaboradores e adequam a sua comunicação e a forma de delegar para garantir melhor entendimento do resultado da tarefa;
• Oportunizam e incentivam aprendizagem.

Não adianta delegar algo que a pessoa não se sinta capaz de realizar. Nesse momento, o papel do líder é motivar e conhecer as limitações de suas equipes para poder trabalhar conjuntamente no desenvolvimento desses aspectos.

As variáveis que influenciam a maturidade de um profissional são diversas, mas podemos destacar a qualidade de sua educação, suas experiências de vida, nível de autonomia para desenvolver suas atividades, facilidade em receber feedbacks, tolerância a frustrações e interesse pelo próprio progresso.

Realizar uma delegação com acompanhamento e orientação promove melhoria de performance e desenvolvimento.

Dar feedback ajuda a evidenciar o que deu errado, mas quando você atribui uma responsabilidade a alguém, deve trabalhar com o conceito de feedforward que trata de um comportamento futuro e tem um tom de sugestão.

O feedforward foca na solução e comportamentos esperados para tratar uma questão. Isso cria sinergia e o desejo de colaborar. Em vez de dizer para as pessoas onde elas erraram, o líder se antecipa e aponta o caminho para que elas acertem.

A receptividade de uma orientação prévia é maior, pois o feedforward estimula a pessoa a enfrentar os desafios cotidianos, ao invés de olhar para suas falhas.

Como o feedforward tem a visão sobre o que irá acontecer, orienta seus liderados a trabalhar e desenvolver suas competências tendo um olhar para o futuro, uma direção a seguir.

Como um complemento ao feedback, o feedforward é uma das estratégias de comunicação utilizadas com maior recorrência entre os líderes que promovem ambientes avaliados como inspiradores e que favorecem o desenvolvimento.

Caso tenha interesse em avaliar o nível de maturidade de seus liderados, fale conosco, temos uma metodologia simples e assertiva para oferecer essa análise.

Telci Vasconcelos.